Desde que eu cheguei aqui, dia 14 de setembro, eu ainda não tinha recebido o dinheiro da minha bolsa. Estava sobrevivendo com o dinheiro que trouxe do Brasil. Não estava passando nenhum dificuldade, mas estava evitando gastar com coisas supérfluas. A boa notícia é que hoje meu dinheiro caiu na minha conta! Yey! Já fiz o orçamento e reservei o dinheiro para pagar o aluguel e para comprar comida. Preciso urgente comprar um casacão de inverno e uma bota de inverno confortável. Cada dia que passa está mais frio...

No início dessa semana eu fui com Kata em várias lojas de roupa. Ela me ensinou a escolher um bom casaco de frio e uma boa bota. Também pude ter uma noção dos preços. É bem mais barato do que no Brasil, mas mesmo assim, achei meio caro. Estou meio mão de vaca... 


Ah, também preciso de meias longas e grossas para o frio. Minha irmã acaba de voltar dos States e me trouxe um presente:
Linda a meia colorida! Mas só vou receber no natal...

Minha mamy disse que queria vir me visitar em abril, mas depois de gastar tudo nos States, não sei não se ela vem. Mas quero muito que ela venha...

Mamy, se vc vier me visitar, te levo para passear em vários lugares bonitos!
 
Aproveitando que Gabri&Carlos estão de carro, peguei uma carona com eles e fomos passear em algumas cidades mais distantes. Carlos apelidou o carro carinhosamente de "pistachito" ou "pistachinho". Coincidentemente, Gabri e eu estávamos vestidas como "pistachetes":
A primeira cidade de visitamos foi Kőszeg, uma cidade ao norte da Hungria, quase na divisa com a Áustria. Por ser tão pertinho da Áustria, esta cidade teve grande importância militar no passado, tanto na invasão turca, quanto na Segunda Guerra Mundial.
A cidade é pequena, com 12.000 habitantes apenas. Linda!
Este monumento homenageia os heróis da guerra:
Por não ser mais temporada de turismo e ainda não estar nevando, eles aproveitam para fazer as reformas na cidade. O centro todo estava em obras e não pudemos visitar quase nada.
Castelo sendo pintado:
Um costume muito legal aqui é que eles deixam frutas e verduras assim, na calçada, com um cofrinho e o preço escrito. Quem quiser, pega a fruta e deposita o dinheiro no cofrinho. Simples, não? Vi vendendo várias frutas assim na rua: amoras, pêras e uma outra fruta que não me lembro o nome que não existe no Brasil. Eu comprei para experimentar.
Almoçamos e seguimos viagem, rumo ao norte.
Chegamos em Sopron, outra cidade quase da divisa com a Áustria. Sopron é uma cidade maior, com 56.000 habitantes.
Chegando no centro de Sopron, logo dei de cara com meu irmãozinho mamando sua mãe loba:
O centro de Sopron é muito bonito, com prédios realmente antigos. Tive a sensação de estar dentro de um filme medieval.
Gabri&Carlos decidindo nosso próximo destino:
O dia estava lindo!
Ruínas do império romano:
Adorei as duas cidades que conheci hoje. Quero voltar em Kőszeg, pois no topo de uma montanha há uma vista dos alpes húngaros, que seguindo o guia, desta vista é possível entender porque Kőszeg foi tão importante militarmente. Sopron também é uma linda cidade e merece uma visita mais longa de um fim de semana inteiro.
 
A temporada do aquecedor começou! Agora os aquecedores dentro das casas e prédios estão ligados. Ou seja, está muito frio. De manhã, trabalhei com os dados dos lagos húngaros e foi muito produtivo. Os dados estão prontos, agora é só mergulhar na estatística.

Almoçamos, eu, Gabri e Carlos (namorado de Gabri), no Hungária Étterem, um restaurante perto da universidade, bom e barato. Chamamos carinhosamente este restaurante de "restaurante surpresa", pois você nunca sabe o que vai encontrar no seu prato. É tipo um bandejão, com algumas opções de comida, você escolhe o que quer e a mulher te serve. O menu do dia está escrito em um quadro no começo da fila, mas não dá tempo de ficar decifrando o menu, senão empacamos a fila. Então, quando chega a nossa vez de pedir, temos que olhar a "cara" da comida e apontar o que parece mais apetitoso. Hoje usei uma nova técnica: copiei o prato da cara da minha frente. Sopa de ervilha e algo empanado, que depois descobri que eram ovos cozidos empanados.
Essa sopa de ervilha me fez pensar no meu irmãozinho Rômulo. Ele adora ervilha ;)
Outra coisa que na Hungria que me faz lembrar muito do meu irmãozinho é o salgueiro-chorão. Aqui tem muito. Essa foto com o salgueiro-chorão tirei ontem em Siofók:
Rombi, você sabe porque me lembro de você quando vejo um salgueiro-chorão?

Depois do almoço, fomos na doceria Mackó, fazer pesquisa de campo. Dessa vez experimentei um outro bolo de chocolate. Muito bom, melhor do que o anterior.
Gabri e Carlos com os doces húngaros!
De tarde, aula básica de comunicação científica. Tenho lição de casa -.- Ler um artigo e escrever o resumo.
De noite tive aula de húngaro e foi bem proveitoso, aprendi várias coisas, mas ao mesmo tempo, a aula é um pouco devagar, pois são muitos alunos e a turma é muito heterogênea. 
Andei pensando e tomei uma decisão: tenho que estudar mais húngaro. Já estou aqui há um mês e ainda não consigo me comunicar direito. Além do que aprendi no Brasil, desde que cheguei aqui só aprendi mais algumas palavras práticas, como nomes de comida. Então, quero estudar mais, seja sozinha ou com algum professor particular. 
 
Este fim de semana ocorreu o Tojás Fesztival, ou Festival do Ovo, em Siofók, uma cidade na margem sul do Lago Balaton.
Saí de Veszprém antes do almoço, às 10h50, na esperança de ter muita comida gostosa lá. Uma hora de viagem até Siofók, muito tranquila a viagem. Chegando lá, foi muito fácil encontrar o local do Festival do Ovo:
Havia muitas barraquinhas de todos os tipos: comida, bugiganga made in china, artesanato, bijoux, roupa. Ainda bem que não tenho dinheiro, senão iria querer comprar tudo!
Caminhando um pouco, cheguei na praça central e havia uma multidão:
Percebi que tinha uma fila e como paulista adora uma fila, logo entrei nela. No fim da fila, descobri que estavam distribuindo comida! 
Era um prato de ovo (é claro, estávamos no festival do ovo) com molho de paprika, picante do jeito que eu gosto! Vinha também uma fatia de pão.
Chegando em casa, tentei traduzir o que estava escrito nesta placa:
O que eu pude deduzir, é que estavam tentando entrar para o Livro dos Recordes como o maior número de pratos servidos. Mas não era qualquer prato, é o prato preferido de Liszt Ferenc, uma grande músico húngaro.
Por ser o festival do ovo, é claro que tinha ovos decorados, outra tradição húngara. Queria muito um, mas fiquei pensando: como levar para o Brasil sem quebrar???
Comidas gostosas!
Muuuuita carne gordurosa:
Gyros, o churrasquinho grego:
Doces:
Pálinka, a bebida típica da Hungria. É uma aguardente de frutas, pode ser pêssego, pêra, maçã...
Também tinha comida normal, como hot-dog americano:
Eu provei um Lepény, tipo uma panqueca com recheio de tejkrém, cebola roxa e bacon:
Estava muito bom meu lepény. Depois comi aquele doce que não sabia o nome. Mas agora já sei. Se chama kürtoskalács (por isso que ainda não tinha conseguido memorizado o nome...). Kürtoskalács quentinho acabou de se tornar meu doce húngaro preferido!
Outro dia me perguntaram como se come esse canudão. É muito fácil, é só ir arrancando as camadas:
Também houve apresentações musicais. Primeiro, um grupo chamado Four Fathers. É um grupo de quatro caras que cantam à capela. Muito bom!
No fim, para encerrar o festival, teve uma banda meio pop, chamada Fiesta. Acho que eles são mais ou menos famosos aqui, pois tinha bastante gente cantando as músicas.
Eu não conhecia as músicas e estava congelando. Resolvi caminhar e fui ver o entardecer no Lago Balaton. Estava muito frio...
Mas a paisagem fez valer a pena:
Mesmo na maior friaca tinha uns tiozinhos pescando. Na verdade, acho que não está tão frio, pois eu sou a única na rua usando luvas. Mas para mim, agora já está muito frio.
Cheguei em Veszprém parecendo um picolé ;)
 
Hoje foi um dia muito tranquilo. Pela manhã, corridinha básica e gelada.
Depois, estreei minha panela nova ;) Fiz carne móida com paprika, abobrinha e cogumelos com mohlo de soyu, igual que eu costumo fazer em casa. Ficou muito gostoso! Só faltou o gohan.
Tá na mesa: gororoba de carne moída e salada de tomate e pepino:
De tarde fui no Museu Dezsõ Laczkó, conforme sugerido pelo Tiago.
Havia quatro exposições:
- uma que contava a história de Veszprém, muito boa, com tradução em inglês;
- outra em homenagem a Dezsõ Laczkó, um dos cientistas mais importantes de Veszprém e que dá o nome ao museu. Infelizmente não pude entender direito o que este cientista fez, pois era tudo em húngaro:
- uma exposição que contava um pouco dos costumes e tradições húngaras. Roupa de frio:
- a última e minha preferida contava sobre o domínio comunista na Hungria.
Relembrei os bons tempos em que jogava Day of Defeat.
Reparem na pazinha na cintura do soldado:
AK47:
Sniper:
Tinha também alguns objetos do tempo da carochinha. 
Geladeira da Vó Maria:
Máquina embelezadora (to precisando):
Esse aparelho de telefone eu não consegui descobrir se fazia parte da exposição ou se era funcional (estava ligado na tomada):

Respondendo o comentário da Zê e do Rô, quando eu vou na padaria, tenho uma estratégia para me comunicar. Geralmente, na frente do pão ou doce tem o nome dele. Aí, aponto, falo quantos eu quero (em húngaro) e falo o nome que está escrito! Por exemplo:
Aqui eu apontaria e falaria: "Három sajtos" (três queijo). Tudo bem que estou falando que nem índio, mas pelo menos não estou passando fome!!!
 
Sexta-feira é o dia mais parado da semana. De sexta, o expediente na faculdade vai só até 12hrs e departamento fica meio deserto. Gabri foi para Budapest e hoje fiquei trabalhando sozinha. Não apareceu uma alma penada na minha sala... 
Trabalhei até às 15h e como não tinha muito o que fazer, segui o conselho da Luciane que morou aqui durante dois anos: coloquei o tênis no pé, a mochila nas costas e saí caminhando. Caminhei até o outro extremo da cidade. Essa placa indica que Veszprém acabou:
E cheguei na Tesco, um hipermercado beeeem grande! Passei um tempão lá, só namorando as coisas que quero comprar. Andei fazendo uma lista das coisas que preciso:
- mapa da cidade/país
- panela/frigideira
- torradeira
- luva de cozinha (para pegar coisas quentes)
- tábua de cortar 
- faca boa
- toalha de chão
- pano de prato
- jogo americano
- espátula/colher de pau
- gleide (igual da casa do Pedrinho)
- casaco de inverno
- meia grossa
- luva de corrida (esqueci as minhas no Brasil)

Lá no Tesco tinha várias coisas úteis e legais para comprar. Mas me controlei e comprei só pouca coisa:
Uma panela (muito barata, cerca de R$ 5,00), saco de lixo (essencial) e soyu (lá foi o único lugar que achei). Fiquei muito orgulhosa de mim mesma, pois cheguei a colocar um pacotão de batata frita no carrinho e desisti ;) Além disso, como esse hipermercado é longe, não dá pra comprar muito coisa, senão fica ruim de carregar tudo sozinha.
Na volta pra casa, testei uma padaria nova. Eram 17h55 e a padaria fechava às 18h. Pedi 1 csoki csiga e 2 pães que pareciam de massa folheada. A moça me deu o dobro e disse que era grátis pois já estava fechando! Yey!
Em um cartaz na rua descobri que o Circo Nacional da Hungria estará em Veszprém na semana que vem! Eu quero ir!
 
Há um ano, em 04 de outubro de 2010, houve a maior catástrofe ambiental da Hungria, quando a parede de um tanque de retenção de resíduos da fábrica de alumínio MAL se rompeu, derramando uma grande quantidade de lama tóxica. Esta lama tóxica, composta de bauxita e alumínio, se espalhou por um córrego da região que transbordou atingindo residências e campos agrícolas de duas principais aldeias, Kolontar e Devecser. Várias cidades próximas foram inundadas e em Kolontar e Devecser o lodo chegou a dois metros de altura. Veszprém, a cidade onde moro, chegou a ficar em estado de atenção. 
Devecser está a cerca de 50 km de Veszprém:
Vejam as imagens de satélite:
Na primeira imagem de satélite a lama vermelha invade áreas verdes e residenciais e o rompimento do muro é bem nítido. Na segunda imagem é possível observar o rastro da lama que se estendeu por quilômetros a oeste da região. Instituições ambientais afirmam que os metais pesados que penetraram no solo e foram absorvidos pela vegetação poderão causar efeitos ambientais por décadas. 

Logo após a catástrofe, o pessoal do Departamento de Limnologia da Universidade de Veszprém passou a monitorar os riachos afetados pela catástrofe. Têm vários pesquisadores e alunos envolvidos em projetos relacionados com qualidade da água, ecologia de diatomáceas e invertebrados aquáticos, e decomposição. 
Hoje tive a oportunidade de participar de um trabalho de campo em alguns riachos afetados pela catástrofe. Fomos coletar invertebrados aquáticos! Fomos eu, Eszter (aluna de mestrado), Agnesz e István (alunos de graduação). Este é um dos riachos com a Eszter coletando seus invertebrados aquáticos:
Estava muito friiiiiiiio!
O trabalho era o seguinte: Eszter entrava na água e coletava a água para medir alguns parâmetros com a sonda. Depois, ela passava a rede e em seguida triávamos os insetos. Bem simples, o problema era o frio que congelava a mão... Ao todo, fomos em cinco riachos.
Na volta, deixamos a Agnesz na casa dela, em Devecser. Conheci seu rato de estimação e fiquei sabendo que na Hungria é muito comum ter rato como animalzinho de estimação. 

1 mês

12/10/2011

1 Comment

 
Hoje completou 1 mês que estou aqui. Porém, o tempo é relativo. Um mês parece bastante tempo, mas ao pensar que ainda faltam 7 meses aqui, um mês não é nada...
Neste primeiro mês pude me adaptar após o choque cultural (e térmico) e, por outro lado, também passei a  valorizar o que deixei no Brasil. Eu já sabia que tinha o melhor marido do mundo, mas isso ficou muito mais evidente agora. Tomar a decisão de vir para cá só foi possível pois sempre tive o apoio do Tiago. E essa semana ele arrancou o dente do siso e eu queria muito ter estado ao seu lado...
Criei uma sessão nova (lá em cima, na barra de menu) sobre "coisas que adoro". Com o tempo eu adiciono itens à lista.
E eu adoro esses dois:
Os pais de Gabriela estão aqui visitando e alugaram um carro. Então, fomos visitar Györ, uma cidade um pouco mais distante, ao norte, quase na divisa com a Eslováquia.
As estradas são bem conservadas e muito bem sinalizadas. Chegamos lá sem problemas.
O tempo não estava dos melhores e chegando lá, parecia que Györ havia sido dominada por Sauron, do Sr. dos Anéis.
A cidade é grande (comparada a Veszprém) e bonita. Tinha muitas atrações (museus, castelos, igrejas...).
City Hall:
Ruas charmosas:
Rio que corta a cidade:
Monumento na praça central:
Mas o que mais gostamos foi do Tour Gastronômico. Nossos guias apontavam um restaurante como um dos melhores da cidade, então fomos nele, o restaurante do Hotel Fonte. Experimentei uma tradicional gyulásleves, um dos pratos mais típicos da Hungria. Estava bem gostoso, mas não passa de uma sopa com carne, batata, cenoura, nhoquinho e tempero de páprika.
Depois, nos deliciamos com os doces húngaros em um restaurante chamado Matias. Um mais gostoso do que o outro:
Saímos de Györ e na volta para Veszprém, passamos em Pannonhalma, uma cidade cuja maior atração é um monastério, o Pannonhalma Archabbey. Esse monastério é considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO. Fizemos o tour e apesar do guia falar em húngaro e parecer um robô, valeu a pena. 
Em alguns momentos, me senti no Game of Thrones.
Na biblioteca, me senti no Harry Potter:
Na volta, passamos pelas ruínas de um castelo no topo de uma montanha:
Chegando em Veszprém, aproveitamos que tínhamos um carro e fizemos compras no mercado. Pude comprar uma caixa inteira de leite, pacotão de papel higiênico e congelados!!!
Depois eu monto um álbum de fotos destas cidades. Não tirei muitas fotos, pois o pai da Gabri tirou várias fotos nossas e depois eu pego com ele.
 
Aqui pertinho de onde moro tem uma reserva florestal, chamada Gulya-Dombi. Dá para fazer várias trilhas lá dentro e por não ser muito grande, não tem perigo de se perder.
Tenho ido correr lá sempre que tenho a oportunidade. Me sinto privilegiada por ter um lugar assim tão pertinho de casa. Sempre acabo de deparando com lindas paisagens.
Hoje estava um dia estranho, com sol e algumas nuvens, meio parecendo que ia chover... Não queria ficar em casa e decidi ir para Balatonfüred, uma cidade a 30 minutos daqui, a beira do Lago Balaton. 
O termômetro no meu desktop marcava 5 graus aqui em Veszprém.
Por isso, fui preparada: meia calça por baixo da calça jeans, meia de lã até o joelho, muitas blusas, luva e gorrinho. Foi suficiente, não passei frio. Estamos apenas no começo do outono. Quero só ver quando o inverno chegar...
Chegando em Balatonfüred, a primeira coisa que fui ver foi o Laga Balaton, persze (é claro)!
Na beira do Lago Balaton tem um parque muito bonito e bem conservado:
Eu era a única louca comendo sorvete no frio:
Conheci o Museu da Cidade, que conta a história da cidade:
Havia mais outros dois museus, todos contando sobre a história da cidade ou sobre algum personagem importante da cidade. Deixei de lado os museus e fui atrás de algo mais interessante: o Lóczy-barlang, uma caverna dentro do Parque Nacional do Balaton, que segundo o mapa, era perto de onde eu estava.
Para não me perder, fui seguindo os sinais no caminho. 
Depois de uma longa caminhada na cidade, cheguei! Mas estava fechado, desde o dia 30 de setembro... E só reabrirá em 01 de maio. Para não perder viagem, decidi seguir uma trilha sinalizada por um triângulo verde que me levaria até uma torre, o "Aranyember útja", de onde a vista era supostamente linda.
Feliz da vida, continuei caminhando no meio de folhas verdes, vermelhas e amarelas.
Confesso que a caminhada não foi fácil e quase pensei em desistir. Muita subida, terreno muito acidentado e pedras. Além disso, já eram quase 6hrs e estava começando a escurecer. Imaginem sair nos noticiários sobre uma brasileira que se perdeu nas matas húngaras. 
Ufa! Finalmente cheguei no topo onde estava a torre!
Subi e realmente a vista lá de cima é sensacional. 
A lua estava linda!
A vista do lado oposto ao Lago Balaton também é linda. O sol estava se pondo sobre o Parque Nacional Balaton.
Lá estava eu naquele lugar lindo. Eu teria adorado, se não fosse alguns pequenos detalhes: 
1) já eram mais de 6hrs
2) o sol estava se pondo
3) frio
4) vento (daquele tipo de uiva e eu tinha que me segurar para não perder o equilíbrio)
5) eu estava sozinha
Resumindo: eu estava com o maior cagaço.
Desci e voltei pela trilha, torcendo não me perder. Ufa, saí da mata antes de escurecer.

No caminho para a rodoviária, pude admirar a lua e curtir o friozinho que estou adorando!
No ônibus de volta para Veszprém:
Fiquei muito feliz de ter saído hoje, mesmo sozinha. Descobri que em Balatonfüred existe a vista mais bonita do Lago Balaton.
 
Hoje meu relógio biológico me acordou às 7h da manhã, como todos os dias de semana. Aproveitando o sol da manhã, saí para uma corridinha gelada e estreei o gorro que ganhei da Virgínia. Adorei, manteve minhas orelhas aquecidas! Obrigada, Vi!
Reparem que o gorrinho estava amassando meu olho hahaha
Fui na feira, comprei vegetais e pude cozinhar uma sopinha muito gostosa no almoço! Sopa Knorr de tempero típico húngaro incrementado com abobrinha, cenoura, frango, cogumentos, cebola e arroz.
Quarta, dia 05 de outubro, foi aniversário do meu papy. Para comemorar, hoje houve um almoço na casa do Rô & Zê. Estavam presentes: Rô (meu irmão), Tiago (meu maridinho), meu papy, Silvia (esposa do meu papy), Zê (minha cunhadinha) e Dona Celina (mãe da Zê).
 Enquanto eles almoçavam, eu jantei: salada de pepino, cogumelos, tomate e cebola e ovos mexidos.
Teve bolo hmmmmm:
Comprei um csoki csiga especialmente para esta ocasião. Cantamos parabéns e devorei meu csoki csiga:
Experimentei o csoki csiga de uma padaria diferente e estava bem gostoso!!! Minha nova missão é descobrir o melhor csoki csiga de Veszprém.