Há um ano, em 04 de outubro de 2010, houve a maior catástrofe ambiental da Hungria, quando a parede de um tanque de retenção de resíduos da fábrica de alumínio MAL se rompeu, derramando uma grande quantidade de lama tóxica. Esta lama tóxica, composta de bauxita e alumínio, se espalhou por um córrego da região que transbordou atingindo residências e campos agrícolas de duas principais aldeias, Kolontar e Devecser. Várias cidades próximas foram inundadas e em Kolontar e Devecser o lodo chegou a dois metros de altura. Veszprém, a cidade onde moro, chegou a ficar em estado de atenção. 
Devecser está a cerca de 50 km de Veszprém:
Vejam as imagens de satélite:
Na primeira imagem de satélite a lama vermelha invade áreas verdes e residenciais e o rompimento do muro é bem nítido. Na segunda imagem é possível observar o rastro da lama que se estendeu por quilômetros a oeste da região. Instituições ambientais afirmam que os metais pesados que penetraram no solo e foram absorvidos pela vegetação poderão causar efeitos ambientais por décadas. 

Logo após a catástrofe, o pessoal do Departamento de Limnologia da Universidade de Veszprém passou a monitorar os riachos afetados pela catástrofe. Têm vários pesquisadores e alunos envolvidos em projetos relacionados com qualidade da água, ecologia de diatomáceas e invertebrados aquáticos, e decomposição. 
Hoje tive a oportunidade de participar de um trabalho de campo em alguns riachos afetados pela catástrofe. Fomos coletar invertebrados aquáticos! Fomos eu, Eszter (aluna de mestrado), Agnesz e István (alunos de graduação). Este é um dos riachos com a Eszter coletando seus invertebrados aquáticos:
Estava muito friiiiiiiio!
O trabalho era o seguinte: Eszter entrava na água e coletava a água para medir alguns parâmetros com a sonda. Depois, ela passava a rede e em seguida triávamos os insetos. Bem simples, o problema era o frio que congelava a mão... Ao todo, fomos em cinco riachos.
Na volta, deixamos a Agnesz na casa dela, em Devecser. Conheci seu rato de estimação e fiquei sabendo que na Hungria é muito comum ter rato como animalzinho de estimação. 



Leave a Reply.