Eu e Gabriela estamos na fase de redação do nosso artigo, ou seja, muito trabalho mental. Voltamos para casa e fizemos uma "gordice". Não fomos na academia e pedimos uma pizza. Aqui no Magister tem um büfé, com pão, pizza, lanche, bebidas e chocolate. É bom cômodo, gostoso e barato, porém fecha nos fins de semana.
Comemos a pizza assistindo um filme:
Assistimos o filme Fehér Tenyér (Palmas Brancas), emprestado pela minha professora de húngaro. Ah, acho que não contei, mas estou tendo aulas particulares de húngaro ;)
É um filme húngaro de 2006 que conta história de um ginasta húngaro que cresceu na Hungria nos anos 80. É uma história muito triste, mas gostei muito. Recomendo! (principalmente para as meninas que gostam de músculos ;p)
Assistir filme comendo pizza fez quase com que eu me sentisse em casa. Eu e o Tiago sempre jantamos assistindo algo. Muitas saudades. Logo logo o Tiago estará aqui! Estou contando os dias. Literalmente ;)
 
Hoje Kata nos ensinou a fazer Lángos, um prato típico húngaro.
Começamos logo de manhã, às 8hrs, pois a massa precisa de um tempo para crescer.

Ingredientes:
Massa:

- 1/2 litro de leite
- 50 gramas de fermento biológico fresco
- 1 kg de farinha
- 2 colheres de sobremesa de sal
- 350 gramas de kefir ou iogurte natural
- óleo para fritar

Cobertura: 
- Alho
- Sal
- Tejföl (sour cream)
- Queijo
O primeiro passo é preparar o fermento (élesztő):
Para isso, é só amornar o leite no microondas e misturar o élesztő.
Esperar cerca de 10 minutos até o élesztő crescer e formar bolhinhas. 
Em uma vasilha, coloque a farinha e o kefir:
Kefir não é tão comum no Brasil. É um alimento produzido a partir da fermentação do leite por um fungo. Na falta de Kefir, pode-se usar iogurte. A diferença é que no iogurte, quem fermenta o leite é uma bactéria.
Misturar tudo: farinha, kefir, sal, leite e fermento:
Misturar com a batedeira (com as pazinhas especiais para massa) ou com as mãos:
Este é ponto da massa:
Deixe o bebê descansando em um lugar quentinho. Aqui, deixamos em cima do aquecedor:
Mais ou menos 1h depois: Tchanam! Cresceu!
Divida a massa em várias bolinhas, coloque sobre uma forma enfarinhada e deixe crescer:
Após 1h: Tchanam^2!
Esquente o óleo:
Quando o óleo estiver bem quente, abra a massa com as mãos e coloque com cuidado no óleo quente:
Quando estiver dourado, vire:
E está pronto! Kata com seu "uniforme" de fritas Lángos:
Para preparar a cobertura, é só misturar o Tejföl com sal e alho e ralar o queijo. Tá na mesa:
Hmmmmm ficou uma delícia!
Pessoal do departamento veio em peso prestigiar nosso Lángos! Sucesso!
Claro que depois desse almoço, fui na academia no fim do dia ;)
 
Já passou mais de uma semana que fui para Budapeste, mas ainda não postei todas as fotos. Budapeste é uma cidade linda e em um fim de semana não conheci nem metade da cidade. Este fim de semana começa o período de Advento de Natal e junto, as feirinhas de natal. Nesta feirinhas tem muita comida e bebidas típicas e artigos natalinos para comprar. Uma tentação para mim que adoro comidinhas e bugigangas! Este fim de semana, iremos novamente para Budapeste, para ver a feirinha de natal e conhecer mais um pouco a cidade. Por mim, iria para Budapeste todos os fins de semanas!
Budapeste & eu:
Às margens do Rio Danúbio, com o Ponte das Correntes e o Castelo ao fundo:
Vista do Parlamento do meio da Ponte das Correntes:
Parlamento:
Eu tampando toda a vista de Danúbio:
Parlamento de novo:
Café da manhã típico húngaro: Bundás kényer! É uma fatia de pão mergulhada em um ovo batido e frito em óleo quente. Depois, se come com queijo e creme azedo. Mais ou menos uma versão salgada de rabanada.
Agora, Budapeste & Nós 3!
Mátiás Church:
Nós & e o parlamento:
Fugindo do frio:
Cervejinha no mercado da cidade:
Caipirinha no Corcovado Brasil Étterem, um restaurante brasileiro. Apesar da decoração ser bem bonita e o ambiente agradável, era caríssimo. No cardápio, tinha coxinha, risole e mandioca frita, além de feijoada, arroz com feijão, picanha e moqueca de camarão. Ficamos apenas na caipirinha e mandioca frita. Tudo bem que a caipirinha mais parecia suco de limão X(
Vinha quente para espantar o frio:
Apesar do frio, continue sorrindo!
 
Sábado tranquilo em Veszprém é sinônimo de cozinhar! Porém, nosso time é o pior possível:
- Gabriela espanhola: vegetariana
- Gabriela romena: em quaresma, não está comento nenhuma carne nem derivados
- Maha (egípcia): não come carne de porco, nem nada que contenha álcool
- Paula (Brasil-sil-sil): come de tudo

Cardápio:
-Pratos vegetarianos egípcios feitas por Maha
-Guacamole com doritos feito por Gabi romena
-Salada feita por mim e Gabi espanhola
-Fritangas (batata frita e vegetais empanados) feitas por Gabi romena
-Acelga preparada por mim no estilo japonês 
Maha nomeou seus pratos para que possamos saber seus nomes em árabe:
Gabi, que morou 7 anos no México, com o seu "autêntico" guacamole. "Autêntico", pois fizemos com os ingredientes que achamos aqui:
Gabri & Gabi:
Maha & eu:
Sobremesa: pudim de creme azedo (delicioso!) com um doce de massa folhada com geléia:
Eu, acabada depois de comer muito e Maha ainda comendo:
Confesso que foi estressante cozinhar na cozinha do Magister, pois não temos muitos utensílios e temos que fazer várias viagens até o quarto para pegar as coisas. Outro fator estressante é lidar com várias personalidades e culturas diferentes. Mas no fim, deu tudo certo e nosso almoço foi bem agradável ;)
Vejam o comentário do meu maridinho:
:/
 
Há algum tempo o pessoal do departamento estava planejando um almoço húngaro para mim e Gabriela. Finalmente o dia chegou! Cozinharam um prato húngaro chamado Lecsó. É tipo um ensopado com cebola, tomate, pimentões e ovo. Nagyon finom! Muito gostoso! De sobremesa também teve um doce com um creme branco, biscoitos champagne e pêssegos. Comi até minha barriga doer. O departamento compareceu em peso ao almoço, inclusive pessoas que eu não tenho muito contato no dia-a-dia. Tirei foto apenas com a primeira leva. Gabriela, Ernő, Andi e Viki:
Veronika, um-aluno-de-doutorado-que-não-me-lembro-o-nome-e-que-me-contou-que-já-namorou-uma-brasileira-japonesa-de-Santos e Gabriela de novo:
Segundo Kata me explicou, esse prato é muito comum no verão, que é a época que tem tomate em abundância. Achei essa receita de Lecsó no youtube. Aqui, ela ensina a fazer com linguiça, mas a que eu comi era só com ovos:
Já estou aqui há 2 meses e também estou começando a socializar fora da universidade. Às vezes a noite, nos reunimos no quarto de alguém para comer. É sempre uma gororoba total, pois cada uma leva uma coisa diferente. Gabriela espanhola e Gabriela romena:
Minha salada de acelga (receita da mamy) e a sopa de Mehe feita com alguma vegetal egípcio que tem uma "baba" como o quiabo:
Neste dia eu também tinha feito um pudim que, modéstia à parte, ficou uma delícia. Mehe, aqui de costas, achou que ficou muito doce:
Depois de todos esses eventos sociais durante o dia, ainda chego no meu quarto a noite e converso com meu amor. Essa é a melhor parte do meu dia ;)
 
Apesar de ainda ter muitas fotos e histórias do passeio em Budapeste, preciso compartilhar algo muito legal que aconteceu hoje no trabalho. Já choraminguei por aqui que o trabalho estava um pouco empacado, pois precisava fazer algumas análises que eu não manjo muito. Então, estava lendo e trocando e-mails intensamento com outras pessoas que entendem melhor do assunto e se disponibilizaram a me ajudar. Portanto, ultimamente minha vida era só isso:
Ler, rodar análises e interpretar numerinhos....
Esta manhã, terminamos as análises do jeito que fomos capazes e imprimimos todos os resultados para tentar interpretá-los, mesmo não sendo os resultados "esperados":
Na hora do almoço, meio sem querer, encontramos Judit na cozinha, almoçamos e ao final, a chamamos para mostrar nosso avanço no trabalho. Contamos toda a novela, que os resultados não haviam saído conforme o esperado. Ela olhou os dados, pensou um pouco e deu duas sugestões muito simples. Refizemos as análises ajustando para as sugestões de Judit e... funcionou!! Confesso que estou até agora incrédula... Após 5 minutos de conversa, Judit solucionou nosso problema com qual lutamos há 2 semanas. Olha nossa felicidade com o resultado das análises com p < 0,05:
Depois deste lindo dia para o avanço da ciência, queríamos muito comemorar. Chamamos as outras meninas para comemorar no Iris Pub aqui perto, mas ninguém quis se juntar a nós. Taio, Gabri e Gabi fazendo uma reuniãozinha em frente ao quarto 4060:
Mesmo só nós duas, fomos ao Iris Pub, que tem comidas típicas deliciosas e preços ótimos. Gabri com sua tradicional cervejinha:
Eu prefiro um vinho quente:
Batata frita e um prato típico daqui: frutas gratinadas, uma delícia!
Na volta, quase congelamos. Provavelmente, estava algo em torno do 0°C. Vi algo lindo: a grama estava coberta de gotículas de água semi-congeladas, parecendo cristais. Então, quando a luz batia, parecia que a grama estava coberta de glitter. Lindo ;)
 
Cada dia que passa está mais frio. Acho que não verei temperaturas muito maiores que 10°C por um bom tempo...
Já estou preparadíssima para o frio! Tenho casacos frio (que já mostrei em um post anterior), luvas e meias. Em Viena comprei essas luvas de mendigo, com os dedinhos pra fora:
Tem uma capinha para cobrir os dedinhos:
Adorei minha luvas!! 
Adquiri hoje o último item que faltava para eu estar protegidíssima do frio: botas quentinhas e impermeáveis. Comprei estas botas com tecnologia Gore-tex, que é impermeável e respirável. Comprei também um spray que ajuda a manter as botas limpas e mais impermeáveis. Como não paguei muito barato por elas, a intenção é que elas durem para sempre.
Para se protegerem do frio, os húngaros utilizam uma outra estratégia, que eu adorei! Vinho quente:
Aqui é mais comum encontrar vinho quente feito de vinho branco. Bem docinho e saboroso!

Amanhã finalmente vou para Budapest! Preciso conhecer bem a cidade para saber os lugares legais para levar o Tiago e meu papy & cia quando eles estiverem por aqui!
Volto domingo!
 
Depois de uma feriado prolongado em Viena e um bate-volta durante a semana para Debrecen, nada melhor do que um fim de semana tranquilo. Fiquei em Veszprém e aproveitei para fazer compras no mercado: frutas, verdura e outros mantimentos.

Já estou aqui em Veszprém há quase 2 meses e pensei que conhecia a cidade inteira. Mas ontem a noite, voltando para casa, eu e Gabriela pegamos uma rua paralela à que costumamos pegar e descobrimos um restaurante novo. Por fora, parecia simples. Espiamos pela janela e o restaurante era todo decorado, com coisas antigas e fotos penduradas na parede e no teto:
Estávamos morrendo de fome e pedimos de entrada algo que parecia uma panqueca de batata com sour cream:
Eu pedi um Schnitzel, o mesmo prato que provei em Viena. Queria saber o Schnitzel daqui era gostoso. Assim, posso levar o Tiago lá e não precisamos ir até Viena só para comer um Schnitzel! Estava bem gostoso!
Adorei este restaurante. Além da comida ser gostosa e o ambiente agradável (exceto pela fumaça de cigarro - aqui na Hungria é permitido fumar em locais fechados), o serviço foi "diferente". Diferente, pois a garçonete não falava inglês e a gente ficava tentando falar em húngaro com ela. Toda vez que falávamos algo em húngaro, ela se matava de dar risada e, consequentemente, a gente também!! Foi divertido e com certeza vamos voltar neste restaurante.

Uma novidade é que a torradeira não é mais um sonho de consumo. Já é realidade!!! Ontem comprei uma torradeira que estava com um preço muito bom, cerca de R$ 30,00, além de ter 2 anos de garantia:
Hoje meu café da manhã foi o mais gostoso dos últimos 2 meses!!!
 
Duas alunas de doutorado do departamento, Kata e Edina, iam participar de uma conferência científica em Debrecen, uma cidade no extremo leste da Hungria, a 350 km de Veszprém. Elas iam com o carro de departamento e convidaram eu e Gabriela para ir com elas. Assim, enquanto elas ficavam na conferência, a gente poderia conhecer a cidade. Debrecen é a segunda maior cidade da Hungria, com 200.000 habitantes.
Nos encontramos 7h e a bordo do LimnoCarro, seguimos para Debrecen:
Fizemos um caminho mais longo para que pudéssemos conhecer o Lago Tisza, um importante balneário húngaro:
Paramos também no Parque Nacional de Hortobagy. Infelizmente, o parque estava fechado por causa do inverno. Esta ponte com os 9 arcos sobre o Rio Tisza é muito famoso:
Este parque nacional é uma área com muitos wetlands, área alagáveis. Lá também tem a criação de cavalo e os "cowboys húngaros". Infelizmente, não havia nenhum programação... Quem sabe eu não volto lá no ano que vem quando minha mamy vier me visitar.
Chegando em Debrecen, as meninas foram para a Universidade de Debrecen onde era o evento. A universidade é linda:
Depois de quatros horas de viagem, estávamos morrendo de fome. Fomos para o centro da cidade com um destino certo: um restaurante chamado Csokonai, que tanto o meu guia, quanto o guia de Gabri recomendavam. Chegamos morrendo de fome e nos deliciamos com um chá gelado gigante e pogácsas:
Eu pedi um prato típico da região, recomendado pelo guia. Era um bife passado com ferro de passar, literalmente:
No prato vinha o bife passado no ferro, com bacon e croquetes de batata. Estava uma delícia, super macio. Fazia tempo que eu não comia um bifão assim:
O guia também mencionava que neste restaurante havia opções vegetarianas. Gabri escolheu um prato com ovos e vegetais:
Bem alimentadas, em algumas horas andamos pelo centro da cidade inteiro. No centro se concentram as principais atrações turísticas, principalmente igrejas, museus e escolas. Praça central:
Igreja principal da cidade, com uma mini pirâmide igual no Museu do Louvre.
O livro que usei no Brasil para estudar húngaro veio de uma universidade de Debrecen e situa todos os diálogos na cidade. Um dos diálogos citava o Hotel Anarybika, que significa Boi Dourado:
 Na aula, a professora comentou que quando ela foi para Decreben, ela descobriu que esse hotel realmente existe e que há uma estátua de um boi dourado no meio do sagão do hotel. Claro que tive que conferir! Meio decepcionante o boizinho:
Depois de passear pela cidade, encontramos Kata e Edina para voltarmos para Veszprém. Mais quatro horas de viagem e passamos pelo centro de Budapest a noite. A cidade é linda, com os monumentos todos iluminados. Estou louca para conhecer Budapest.
Chegamos em Veszprém 21h30. Ufa!! Esse fim de semana só quero descansar!!!
 
Gabriela morou um tempo na Alemanha, então, ela sabia de vários pratos típicos da região. O primeiro prato típico que experimentei foi uma sopa de abóbora. Uma delícia:
José Luiz nos levou em um restaurante autêntico de Viena. Do lado de fora nem parecia um restaurante, mas dentro estava lotado, e tinha apenas um garçom, que era um tiozão gordão e mal humorado com muita cara de alemão.
Assim como os austríacos, José Luiz e Gabriela adoram uma cerveja. Não sei como eles conseguem beber tanta cerveja em um único dia:
Na maioria dos países aqui da Europa, os restaurantes são obrigados a servir água de torneira de graça. Os garçons não ficavam muito felizes quando eu pedia água de torneira, mas foi o que mais bebi lá:
Conforme fortemente recomendado por José Luiz, comi um Wiener Schnitzel recheado com presuto e queijo Cordon Bleu acompanhado de salada de batata. Um delícia! Enquanto comia fiquei pensando que o Tiago e o Cabele iria adorar esse prato:
O que sobrou do meu Schnitzel:
No parque de diversões minha lombriga falou mais alto e pedi um doce que não tinha idéia o que era. No final, era tipo um dantop, marshmellow dentro de uma casquinha de sorvete coberto de chocolate. Gostosinho:
Este doce típico que já mencionei no post anterior, é tipo um donut recheado com geléia:
Aproveitando que estávamos em uma grande cidade com várias opções de restaurantes, comemos em um hindiano. Refresco de manga e iogurte para beber e sopinha de tomate de entrada:
Pedi um mix de carne apimentado. Estava uma delícia:
Outra delícia vienense que eu fiz questão de experimentar foi a Torta Sacher. É uma torta de chocolate, bem gostosa:
Na volta para Hungria, comemos na estação de trem. Nada como um fastfood bem gordurento. Comi um kebab, no Brasil conhecido como churrasquinho grego:
Gabri ficou na pizza vegetariana. Meu kebab estava picante do jeito que eu gosto:
Em uma doceria comprei estes docinhos, só porque parecem brigadeiros. Gabri disse que são trufas com licor. Ainda não experimentei, estou guardando para aquelas ocasiões em que dá um desejo louco de comer chocolate:
Para terminar, a única foto que tenho de nós três em Viena:
Esta foto foi tirada em uma estação de metrô em que havia uma série de espelhos com mensagens, que não entendíamos ao certo pois estava em alemão.