Gabri foi trabalhar hoje e eu fui passear a pé pelo centro. É muito fácil caminhar pelo centro de València, tudo perto e o apartamento de Gabri é muito bem localizado.
Jardines del Real, um jardim muito bonito, caminho para o centro:
Ao caminho do centro, muitos prédios históricos:
Monumentos:
Ruas estreitas:
Essa "trilha" te leva aos principais pontos do centro histórico:
Igrejas:
Mercado central:
Doces espanhóis:
La Lonja, um local onde no século XV era como a bolsa de valores da época, onde os comerciantes se encontravam para fazer negócios. É considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO:
Cuidado, baratas! 
A Catedral:
Subi até o topo da Catedral:
Linda vista da cidade:
A catedral por dentro:
Também subi nas Torres de Serrans:
E tinha ingressos para assistir a um documentário do imax, do outro lado da cidade, e pelo caminho cruzei com uma manifestação de estudantes universitários:
Na cidade das artes e da ciência:
Gabri me encontrou lá e assistimos a um documentário do telescópio Hubble. Não porque o documentário era muito interessante, mas porque essa tela do imax é impressionantemente grande.
Depois visitei o museu de ciência. Enorme, muito interativo, com várias exposições:
Havia uma exposição dos super-heróis da marvel:
Gabri tem uma banda de música irlandesa. Antes eles tocavam em seu apartamento, mas alguns vizinhos reclamaram do barulho. Agora a estratégia é: ir a um bar ou restaurante, sentar, pedir bebidas e... pedir para o garçom se eles podem tocar. E assim fizemos. 
Sidra:
Gabri tocando um violão grego:
A banda completa:
Voltamos para casa por volta das 23h, comemos, tomamos banho e capotamos!
 
Hoje fui trabalhar com Gabri. A Universidade fica um pouco longe de onde Gabri mora, mas de tram é muito tranquilo chegar lá. Gabri faz doutorado no Departamento de Limnologia da Universidade de Valência. Ela tem uma sala muito chique:
E seu laboratório é muito arrumado e bem equipado. 
Aqui um HPLC, um aparelho de análises cromatográficas:
Um espectrofotômetro meio antigo:
Gabri me fazendo o tour pelo lab:
Lab que não é bagunçado não é lab:
Muitos livros de fitoplâncton:
Depois fomos para a Albufera de Valência, um parque nacional onde há um lago natural. Gabri precisava fazer um trabalho de campo e fui com ela. Estava um pouco frio, mas o dia estava ensolarado. 
Me encantó l'Albufera!
Casa típica da região:
Valência vista d'Albufera:
Experimentos:
Eu, Maria (barqueira) e Gabri:
Gabri, Cristina (técnica) e eu. Reparem que haviam muitos bichos:
Muitos bichos!
Terminamos os experimentos por volta das 14h e voltamos para a faculdade. Na Espanha se almoça muito tarde e fomos para o "bandejão". Mega salada, carne de porco, batata frita, aliole (maionese com alho), pão e torta:
Depois do almoço, ajudei Gabri e processar as amostras do experimento:
O orientador de Gabriela estava animadíssimo e queria fazer um experimento de 24hrs, ou seja, Gabriela teria que ficar até 3h da madrugada na Universidade! Feelizmente não havia material suficiente para fazer o experimento! Então, fomos conferir a exposição de Corpos Humanos que estava rolando lá perto. Muito bom! O comentário que deixei no livro de visitar foi "me encantó!".
Saimos da exposição e já era mais de 19h. Voltamos para casa e jantamos um deliciosa tortilla de patatas!
 
Hoje Gabri foi para a faculdade pela manhã e eu fui correr na praia. Foi só seguir por uma avenida onde há vários prédios da universidade.
Cerca de 5 km depois, cheguei na praia!
Caminhei até o porto de Valência, onde há um parque e também é onde ocorre a fórmula 1.
Bandeira da Espanha e de Valência:
São apenas 3 km de praia, mas com um estrutura muito boa pra caminhar e correr.
Voltei para casa, tomei banho e depois fui para a Ciudad de las Artes y Ciencias.
O passeio de hoje foi o Oceanográfic, o maior aquário da Europa.
Enorme o aquário, com vários ambientes diferentes: wetlands, corais, ambientes tropicais, temperados, mediterrâneo, polar... Passei quase 5 horas lá.
Apresentação dos golfinhos:
No fim da tarde, Gabri me encontrou e fomos para o centro da cidade. Sempre descobrimos coisas novas, como esse mercado:
Esse prédio bem tradicional e antigo:
No centro da cidade, tudo tem um ar "imperial", como quase tudo na Europa.
A prefeitura:
E depois fomos comer um tradicional churros espanhol, que é um pouco diferente do brasileiro:
Açúcar por cima (sem canela!!)
Molha-se o churros no chocolate:
E está pronto para comer! A massa em si é igual ao churros brasileiro, mas com o chocolate fica diferente. Muito gostoso!!!
Voltamos para casa, pois estava cansadíssima!! Amanhã vou "trabalhar" com Gabriela, vamos fazer trabalho de campo.
 
Estava tão cansada que dormi muito bem essa noite. Além disso, Gabriela como ótima anfitriã me cedeu sua cama e dormiu no chão.
Hoje acordamos 8h30, tomamos café da manhã e saímos para passear pela cidade. Onde Gabriela mora é um bairro residencial, com casinhas muito simpáticas:
No caminho, encontramos umas tiazinhas fazendo uns doces típicos. Experimentei Buñuelos de carabaça, que é tipo um bolinho de chuva feito com abóbora.
Caminhamos rumo ao centro...
Passamos pelo estádio do Valência:
Gabri comprou ... de um velhinho que vendia na rua. Come-se como se fosse cana-de-açúcar, mas é meio amargo. Não gostei...
Caminhamos pelos Jardí del Turia, um jardim que construído onde antigamente era um rio. Então, lá é conhecido como "rio", mas não existe mais nenhum rio lá.
Um local muito agradável para caminhar:
Chegamos no Palau de la Musica, onde tem concentos de música:
Caminhamos mais um pouco e chegamos no Parque do Guliver, no qual há um Guliver gigante que serve de playground para as crianças:
Caminhamos mais um pouco e chegamos na Ciudad de las Artes y la Ciencia. Enorme e moderno. Lá tem o Palau de les Arts, onde tem apresentações de musica; o Hemisféric, onde tem uma tela de cinema imax; O museo de las ciencias; e o Oceanográfic, o maior aquário da Europa. Não chegamos a visitar nada, pretendo voltar lá amanhã.
Aqui tem muitos pés de laranja, cheio de laranja:
Esta muito quente!! 28 graus!!!
Caminhamos mais um pouco pela cidade...
E cruzamos com pessoas trajadas com roupas típicas, pois mais tarde haveria uma festa na cidade:
Andando mais, meio sem querer nos deparamos com a casa do Marques de dos aguas, cuja fachada estava em reforma:
mas a escultura de mármore na entrada era impressionante:
De fim de semana, os museus são de graça e então, visitamos esta casa do marques, que deve ter sido muito rico:
Depois seguimos para a praça do ayuntamiento (prefeitura), pois haveria a Mescletà, queima de fogos para anunciar a chegada de Fallas, uma festa de 7 dias que começa em março. A praça estava lotada:
Almocei minha primeira Paella Valenciana:
E fomos a exposição del ninot. Uma exposição dos bonecos da festa de Fallas. As pessoas devem voltar no boneco preferido.
Alguns bonecos são apenas bonitos, mas alguns tem algum significado, alguma crítica ao governo ou algo do tipo.
De noite fomos até o local onde iria acontecer a abertura oficial da festa de Fallas. Estava lotadíssiomo;
Teve até cobertura da imprensa:
Efeitos especiais nas torres:
Apresentação no estilo Cirque du Solei
Mais efeitos especiais nas torres:
Até a prefeita compareceu, com a Rainha de Fallas e as damas de honra:
E para terminar a festa, mais fogos de artificio!
 
Na sexta a tarde fui para Budapeste, pois meu voo para a Espanha no sábado seria às 6h da manhã. O dia estava agradavelmente quente, 15 graus. Parece que o inverno está realmente acabando.
Aproveitei e fui correr, pois estava hospedada em um hotel ao lado de um parque.
Algumas ruínas dentro do parque.
Foi bom correr e gastar as energias, pois precisei dormir cedo para acordar bem cedinho pela manhã. Agendei uma minivan às 3h50, e acertei meu relógio para desperar às 3h30, que seriam meia-noite e meia no Brasil. Antes de dormir, conversei com o Tiago e ele me disse que estaria acordado neste horário assistindo NBA e que me ligaria para ter certeza que eu acordei. Por causa de ansidade, mais o barulho da avenida, acordei de hora em hora e 3h20 jà estava me arrumando para sair. E nada do Tiago me ligar. 3h40 liguei para ele e ele tinha me esquecido! É mole? Ainda bem que consegui acordar sozinha.
No aeroporto de Budapest foi muito tranquilo e voei pela WizzAir, uma companhia europèia lowcost. Não é a toa que é lowcost, olha o estado da poltrona:
Além disso, eles cobram extra por tudo: lugar marcado, bagagem, comida. Nem água nem nada para comer. Rio Danúbio em Budapeste:
Nas nuvens, literalmente:
O voo foi tranquilo e 2hrs depois, eu estava em Barcelona.
Segui as instruções de Gabri de como pegar o metrô e o trem. Peguei o trem que ia para Valência às 11h da manhã. Tudo muito organizado e pontual. E foi muito bom conseguir me comunicar com as pessoas, mesmo com meu portuñol, que é mil vezes melhor do que meu húngaro.
Chegando na estação de Valência, Gabri estava me esperando =) A estaçao em si já é um ponto turístico:
Pegamos o metrô e estava marcando 23 graus! Muito quente!
Fomos para casa e olha só o que Gabri me ofereceu para almoçar: amendoim!
Brincadeirinha. O amendoim foi só o aperitivo antes da pizza de espinafre com pesto e muzzarela:
Depois comer muito bem e colocar algumas fofocas em dia, saimos para caminhar na cidade. Aqui pertinho de onde Gabri mora, tem um parque muito agradàvel, chamado Jardins Reales. Oliveira:
Hoje fizemos apenas um passeio rápido pelo centro para eu me localizar e poder me virar sozinha durante a semana enquanto Gabri trabalha. Além disso, não tirei muitas fotos boas, pois esqueci minha câmera.
E para fechar a noite, tapas no estilo espanhol: pescadas fritas, cogulemos e batatas apimentadas:
Gabri bebendo coca-cola e não cerveja!!
Fazia tempo que não comida um peixinho...
Esse foi apenas o primeiro de muitos dias aqui na Espanha. Aguardem que vem muito mais pela frente.
 
Taiko significa "tambor" em japonês, mas refere-se também à arte da performance com tambores. As performances duram de 5 a 25 minutos e são tipicamente estruturadas em começo-meio-e-fim, ou seja, a apresentação começa lenta e acelera com o passar o tempo para um "grand finale". No Japão feudal, o taiko era usado para motivar as tropas, ajudando a manter o passo da marcha, e para chamar a atenção para os anúncios. 
Yamato é um grupo japonês de taiko moderno, fundado em 1993 por Masa Ogawa, na cidade da Yamato (hoje chamada Nara).  Desde a criação, o grupo já fez milhares de apresentações para mais de um mulhão de pessoas em mais de 20 países na Ásia, Europa e Américas. Dia 20 de fevereiro, Yamato estava aqui em Veszprém. Fui com Ernő, um amigo do departamento, também aluno de doutorado. Infelizmente, não era permitido tirar fotos, mas achei algumas na internet:
Alguns videos:
Tirei apenas algumas fotos, antes e depois da apresentação. Sentamos na última fileira, a mais alta e longe possível, mas pelo menos era de frente para o palco. Era tão longe que era até difícil conseguir distinguir quem era homem e quem era mulher. Mas deu pra ouvir muito bem.
Após o show, fomos dar uma olhada de perto o palco:
Eu e Ernő após o show:
Gostei muito do show e descobri que os húngaros não sabem bater palma. Eles sempre começam a aplaudir e de repente perdem o ritmo e voltam a aplaudir mais rápido e depois mais devagar e depois perdem o ritmo e assim por diante. Achei estranho, mas Ernő me disse que é sempre assim.
 
No fim de semana, entre ir para Dunaújváros no sábado e Mohács no domingo, no sábado a tarde fomos a um jogo de futebol em Ajka. O pai de Viki tem um time de futebol há mais de 30 anos. Atualmente ele não joga mais, mas é como se fosse um técnico. Csobi, namorado de Viki, e Kiki, irmão de Viki, são os jogadores mais novos. Pelo o que pude ver, Kiki é o jogados mais talentoso do time e Csobi não estava em sua melhor dia. O time do pai de Viki é o em amarelo e eles estavam participando de um campeonato e estavam na final.
Infelizmente, eles perderam a final por muitos gols x 1. Eu comi um zsiroskenyér, literalmente traduzindo para pão de gordura. É uma fatia de pão, com gordura de porco (como se fosse manteiga) e cebola roxa. Muito típico daqui e muito gostoso.
Cerimônia de encerramento com a entrega dos troféus:
Troféu de segundo lugar:
A foto clássica:
Depois que tiramos a "foto clássica" outro time paga pau foi lá tirar a foto fazendo a mesma pose:
Depois da janta, passamos no bar onde a mãe de Viki trabalha e Viki tentou me ensinar a jogar sinuca. E não é que acertei a caçapa na minha primeira tacada! Minha primeira bola encaçapada:
Paula tentando jogar sinuca:
Csobi:
Viki:
Kiki:
Primeira tacada. Pena que eu não tive força suficiente para fazer as bolinhas se moverem...
Fazendo jogadas mais audaciosas:
Aprendendo novas técnicas. Reparem nos homens no canto direito da foto. Os homens locais estavam lá reunidos bebendo no sábado a noite. Claro que o pai da Viki estava lá também. Bem típico de cidade pequena.
Até que eu gostei de jogar sinuca. Sinuca me lembra muito a minha infância quando meu pai assistia aos jogos do Rui Chapéu nos fins de semana. Também me lembro que no sítio que tínhamos quando éramos criança, tinha uma mesa de sinuca e adorava jogar, mas com as mãos.
 
Dunaújváros é uma cidade urbana, no condado de Fejér, no centro da Hungria.
A cidade foi estabelecida nas margens do Rio do Danúbio na década de 1950, durante a processo de industrialização vivido pela Hungria durante a época em que era uma República Popular Socialista. Na época, a cidade era chamada de Stálinváros, que significa cidade de Stálin. A cidade foi organizada por volta do macro-complexo industrial Dunaferr, a principal indústria siderúrgica da Hungria naquela altura. Foi a primeira cidade socialista da Hungria e é considerada um modelo, pois é possível ver nas ruas e prédios claramente construídas no modelo socialista.

Dunaújváros não é uma cidade turística e eu nunca pensaria em conhecê-la. Porém, Viki foi convidada para participar como avaliadora em um concurso científico em um colégio local e me convidou para ir com ela. Fomos para lá na sexta a noite e o evento ofereceria hospedagem para nós. Acontece que a hospedagem era no próprio colégio. Todos os colégios na Hungria são do governo e os alunos não precisam pagar nada. Além disso, há dormitórios para os alunos que moram em outras cidade.
Dormimos em um dos quartos de alunos:
O corredor dos dormitórios:
Sofázinho para os alunos relaxarem:
E o banheiro comunitário:
Pela manhã, café da manhã no refeitório da escola: salsicha!!!
Enquanto a Viki se reuniu com os organizadores do evento, eu tive um guia particular. Um aluno muito tímido que falava um inglês mais ou menos me mostrou a escola.
Muito modernas as salas de aula, com computador, projetor, TV, quadro branco interativo e o bom e velho quadro negro:
Corredores da escola:
Os corredores da escola eram repletos com as fotos das turmas já formadas. Segundo Viki, é uma tradição em todas as escolas.
Depois, assisti as apresentações dos alunos da área de biologia, as quais Viki estava avaliando. Alguns alunos tinham projetos muito interessantes, como "Avaliação da poluição sonora na escola", ou "Análise de compostos maléficos para a saúde em vegetais" e outros projetos menos científicos, como essa menina que falou de tratamentos de beleza e fez "propaganda" de um tratamento cosmético a base de ouro.
Depois das apresentações, houve uma city tour e o guia era muito engraçadinho e Viki foi traduzindo para mim.
Esta é a entrada do Dunaferr, a principal indústria da cidade, que produz ferro. A entrada é enorme, com essas coluna que lembram construções gregas. 
O Rio Danúbio:
A indústria ao fundo da cidade:
Após a instalação da Indústria Dunaferr, muitos homens migraram para a cidade. Porém, não haviam mulheres na cidade. Por isso, foram instaladas na cidade fábricas que utilizaram trabalho feminino, com de celulose e alimentos:
A cidade e sua fábrica foi toda projetada. A cidade foi construída levando em consideração o vento, assim, a fábrica foi construída em um local onde o vento não sopraria a fumaça para a cidade. Esta floresta também foi plantada para "purificar o ar".
Prédios residenciais típicos do regime soviéticos:
Museu da cidade, que antigamente era onde ficava a sede do governo soviético. 
Havia uma estátua de Lênin  na frente do prédio. Como já mencionei em post anterior, após a queda do governo soviético, todos os monumentos referentes ao socialismo foram levados para fora cidade, no Memento Parque. O único monumento que não foi levado, foi o de Dunaújváros. A estátua de  Lênin  fica em um depósito e assim, parece que Lênin está preso atrás das grades. Então, eles o mantêm aqui por causa desta "simbologia":
Almoçamos na cantina na escola:
Depois foi a premiação dos melhores alunos e fim da competição!
Adorei conhecer uma cidade construída nos moldes socialistas e também conhecer um pouco do ensino básico na Hungria. Totalmente diferente do Brasil...
 
Aqui na Hungria não há nada como o carnaval do Brasil. Não é feriado, não é calor, ninguém nem toca no assunto. O mais próximo do carnaval que encontrei foi o Busójárás, um evento em uma cidade do sul da Hungria, chamada Mohács. Busó é o nome destas máscaras:
Portanto, busójárás é o nome do "desfile" com essas máscaras. Além das máscaras, os homens também vestem roupas enormes e felpudas de lã. O búsójárás vai além do desfile de máscaras, é uma festividade que dura 6 dias, de quinta até terça-feira, e inclui dança e música folclórica, competições infantis, artesanato e comida típica.
Existem duas versões para a origem desta tradição.
Mohács fica bem ao sul da Hungria, então, foi a porta de entrada para as tropas do Império Otomano, lá pelo século XVI. Para fugir das tropas otomanas, os croatas que viviam nesta região da Hungria, fugiram para a floresta e lá se esconderam. Uma noite, enquanto os homens estavam sentados e conversando ao redor da fogueira, um homem apareceu do nada e disse: "Não tenham medo, nossas vidas logo voltarão ao normal. Até lá, preparem-se para a batalha, talhem muitas armas e máscaras assustadoras, e esperam até uma noite chuvosa quando o cavaleiro mascarado aparecerá." Depois de dar a mensagem, o homem sumiu na floresta. Os refugiados seguiram as ordens do homem e alguns dias depois, em uma noite chuvosa, o cavaleiro chegou e ordenou que os homens colocassem suas máscaras assustadoras e caminhassem de volta para Mohács, fazendo muito barulho. E assim fizeram. A lenda diz que os turcos ficaram tão assustados com o barulho e as máscaras no meio meio da tempestade que fugiram antes mesmo do amanhecer.
A outra versão é bem mais modesta e menos popular, diz que as máscaras tentavam assustar não os turcos, mas sim, o inverno.
Seja qual for a origem, essa tradição iniciada pela minoria croata, hoje é um emblema da cidade e uma comemoração dos grandes eventos da história da cidade.

Hoje, eu, Viki, Csobi (namorado da Viki) e Kristián (irmão da Viki) fomos para Mohács! A paisagem no caminho estava excepcionalmente branca por causa da neve e o sol batendo deu um soninho e dor de cabeça.
Três horas de viagem e chegamos. A cidade estava lotada, foi difícil achar lugar para estacionar. Logo que chagamos, um policial tentava organizar o trânsito e dava instruções para quem chegava. Segundo Csobi me traduziu, o policial disse algo assim: "Eu mandei ir para a esquerda, m****!!!". Ótima recepção. 
Estacionamos o carro e logo no caminho já encontramos com os busó (homens mascarados) desfilando. Fomos seguindo eles.
Os busó foram até o Rio Danúbio onde, segundo a tradição, eles cruzam o rio com as canoas tradicionais. Porém, por causa dos blocos de gelo que estavam flutuando por causa do frio, eles não puderam atravessar.
Família busó:
Depois de "cruzar o Danúbio", eles seguiram cruzando a cidade.
Busó raider:
Opa, o que é aquela coisa vermelha no bebê?
Também havia pessoas vestidas como turcos:
Encontramos até uma quadrilha de trombadinhas busó:
Na praça central tinha dança e comida:
Gostei muito. Tinha busós para todos os lados, provavelmente moradores da cidade. Busójárás acima de tudo é um evento social, no qual as pessoas da cidade se reúnem e relembram a história da cidade.
As roupas e máscaras me lembraram algo japonês.
 
Está nevando muito desde ontem, na Hungria inteira. 
Hoje, a temperatura está mais elevada, cerca de 2°C, portanto, a neve derrete ao tocar o chão. 
Enquanto alguns húngaros reclamam que está nevando e por isso, é muito mais difícil se locomover na cidade, eu acho que a neve torna tudo mais divertido! É tudo uma questão de ponto de vista.
Algumas fotos da neve na Hungria:

Não entre em pânico. O frio e neve no leste europeu que aparecem nos jornais não chegou aqui no oeste da Hungria. O bicho tá pegando no leste húngaro. Aqui em Veszprém, um friozinho básico e apenas alguns centímetros de neve.Bom fim de semana!!