Nos últimos dias estava trabalhando com os dados dos lagos húngaros e chegou um momento que empaquei e não consegui mais progredir. Até que hoje Judit apareceu para sanar minhas dúvidas. Foi ótimo. Teve uma hora que eu perguntei:
- Judit, como eu classifico esse organismo? (e mostrei os dados)
Ela olhou para os dados, olhou para mim, balançou a cabeça e disse:
- Não sei................
É ótimo saber que Judit também é humana e tem tantas dúvidas quanto eu. Só faz aumentar minha admiração por ela. 
De qualquer forma, ela sanou muitas dúvidas que eu tinha e ainda me deu alguns conselhos sobre o meu trabalho que estou desenvolvendo no Brasil. 
Agora, posso avançar um pouco mais com a análise dos dados e quando ficar de saco cheio, posso avançar no meu trabalho do Brasil também. Um passo de cada vez...

Após um dia de trabalho, nada melhor do que experimentar um pouco da cultura húngara. No começo de setembro iniciou o período de colheita de uva e para celebrar esta época do ano, há várias festas em várias regiões da Hungria. Hoje a noite, teve uma destas festas aqui no alojamento. Tinha um tiozinho tocando teclado e cantando algumas músicas húngaras.
Começou meio decadente, com o tiozinho animadão e ninguém dançando:
Depois, teve uma dança típica:
Ao final, teve uma roda de dança, muito divertido! Até participei. Parecia mais um exercício de aeróbica do que dança!
Até o momento foi a experiência mais autêntica que vivenciei aqui na Hungria. Adorei!
 
Continuando a aventura no Balaton...
Eu e Gabri saímos à procura de um lugar para dormir. Como o verão já acabou, não é mais temporada e os hostels estão abandonados. Passamos em dois hostels sugeridos em um guia de viagem. Os dois estavam fechados. Ainda bem que agora tenho um celular húngaro e pude ligar para pedir informação! Em um deles, a vizinha disse que os donos já estavam voltando. 
Esperamos na sarjeta:
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Estes dois hostels que consultamos tinham preços razoáveis, porém eram normais, nada como um cômodo em uma casa húngara. Até que lembramos de um pensão que vimos atrás do Museu Balaton, chamado Múzeum Pension. Agora com internet no celular, procurei no google e achei o telefone. Liguei e atendeu uma senhora que não falava inglês e eu, com meu húngaro primitivo, consegui perguntar se tinha quarto e quanto custava! Yey! Fomos para lá e no final, era um cômodo em uma casa e a senhora húngara foi muito simpática e o filho dela que falava inglês nos explicou tudo e deu várias dicas.
Era uma casa muito bonitinha:
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Sala de estar:
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Sala de jantar:
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Tinha até cahorrinhos muito simpáticos!
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Arrumando as coisas no quarto:
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Zzzzzzzzzz
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No janta, rachamos uma pizza 4 queijos em um restaurante onde fomos muito mal atendidas...
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Obs: Para quem anda pensando que eu estou comendo demais, saiba que eu estou gastando todas as calorias! Caminhando, correndo e pensando muito!!!

Após uma ótima noite de sono em uma verdadeira casa húngara, um lindo amanhecer no Lago Balaton:
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Em cada lado da foto abaixo, estão os dois primeiros hotéis de Keszthely e eu estou lá no meio fazendo a pose clássica que vimos no Museu Balaton:
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Seguimos viagem para Hévís, que fica a apenas 5 km de Keszthely. Hévís é uma cidade com ótimos hotéis e a maior atração local é um Lago Termal.
Entrada do Lago Termal:
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É um lago enorme, com água termal e radioativa, que dizem que cura várias doenças.
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Muitas cadeiras para tomar sol:
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Temperatura da água de 31 graus!! O problema foi sair da água...
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Tem também uma área coberta onde a água é mais quente:
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Pena que a gente não sabia que podia alugar essas boias. Então, ficávamos nadando de um lado para o outro e ficamos exaustas ao final...
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Depois de ficar na água quente, nadando como loucas, estávamos mortas. Procuramos um lugar para comer. Queríamos um lugar não muito caro, com garçons educados e que tivesse opção vegetariana (para Gabri). Finalmente achamos um lugar que tinha comida grega e também hamburger. Gabri entrou para perguntar se tinha "falafel" e o garçom, muito gentilmente, disse que não, mas que eles tinham "hamburger vegetariano".
Resolvido!
Pedi um X-salada. A Gabri pediu um X-salada vegetariano. Quando chegou, era um X-salada sem hamburger!!! Morremos de rir do hamburger vegetariano.
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Voltamos para Veszprém de ônibus e pudemos desfrutar de uma linda paisagem no caminho:
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Cheguei em casa, exausta, e minha roupa suja me esperava:
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Lavanderia do Magister:
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Meu quarto ficou parecendo um cortiço cheio de roupas penduradas:
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Essa semana vai ser corrida! 
Terça: vou conversar com Judit sobre algumas dúvidas que apareceram. E de noite, tem uma festa no centro da cidade, com música, dança típica e comida!!!
Quarta: Kata vai nos levar para Tihani (cidade à beira do Lago Balaton), onde tem um instituto de limnologia.
Quinta: Kata vai levar os alunos no zoológico e nos convidou para ir junto.
No fim de semana só vou querer saber de descansar...
Boa semana a todos!!!

Lição da viagem: fuja dos restaurantes para turistas - eles são caros, o atendimento é péssimo e a comida é ruim.
 
Eu adoro cozinhar. Infelizmente, cozinhar aqui demanda muita paciência e jogo de cintura. 
Aqui no alojamento tenho uma mini cozinha no quarto, com pia, microondas e mini geladeira, o que quebra um galho. Mas para cozinhar coisas mais complexas, é preciso usar a cozinha comunitária. Uma cozinha por andar, 100 apartamentos por andar, com até 2 pessoas por apartamento. É só fazer as contas e calcular o caos que a cozinha pode ficar.

Cozinha limpinha e vazia, em um sábado a tarde:
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A noite, a cozinha está assim (obs: a cozinha é limpa diariamente):
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Esta placa diz para cada um lavar sua louça suja:
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Mas essa regra não é muito respeitada...
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Será que se deixar a panela suja num cantinho, ela se lava sozinha?
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Eu e Gabri respeitamos e sempre lavamos nossa louça suja. Até temos nosso próprio detergente e esponja!
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Mesmo com as condições precárias e com a falta de utensílios para cozinhar, eu tenho me surpreendido. Às vezes cozinho coisas bem simples e fica uma delícia. Talvez porque os ingredientes sejam diferentes do que estou acostumada e sempre sai algo novo. 

Vegetais direto do mercado da cidade:
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Minha gororoba:
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Estou começando a rever meus conceitos e acho que uma boa faca e panelas são itens básico de sobrevivência...
 
Aproveitei o dia bonito e quente e fui correr pela manhã. É ótimo para conhecer os lugares que ainda não conheço. Descobri onde fica o TESCO, um mercado grande, e o CBA, mercadinho pequeno mais perto de casa.
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Após minha corridinha, voltei para o alojamento. Estou no 4o. andar, o andar nos estrangeiros excluídos. Estou me esforçando para sempre que possível, subir e descer de escadas. 
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Veszprém é um cidade universitária. Além de muitos estrangeiros, há muito húngaros de outras cidades. Então, no fim de semana, a maioria dos estudantes voltam para sua cidades, ou fazem passeios, e o alojamento fica bem vazio. No almoço, tive a cozinha só para mim:
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Fiz ovo com cogumelos. Ficou bem gostoso.
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Depois do almoço, fui no centro da cidade, no Óvários tér, pois ia ter uma corrida de bicicleta, não sei exatamente do que se tratava. Estava um clima gostoso na cidade, música, várias pessoas andando de bicicleta, passeando com seus cachorros e tomando sorvete. 
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Até eu aproveitei para tomar um sorvetinho ;)
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Voltei pra casa e fiz várias conferências pelo skype. Primeiro com o Tiago, que me contou sobre a balada de ontem, e depois com a Hannah, minha sobrinha. O skype ficou ligado enquanto minha mãe dava comida pra ela. 
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Depois, a Hannah ficou no berço assistindo seu dvd preferido e eu fiquei "tomando conta" dela. Parecia que eu estava lá ;)
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Ah, eu adoro a tecnologia... Mas será que a Hannah vai crescer achando que sou um robô na tela do computador?
 
Segurando o choro, saí do Brasil na terça, dia 13 de setembro às 16h50. O voo foi muito tranquilo e tinha muitos filmes para assistir. Resultado: dormi muito pouco no avião. No apertinho que é o avião nem dá pra dormir muito. 10 horas até Munique e depois, mais 1 hora até Budapest. 
Minha mala chegou com o zíper arrebentado e toda enrolada em fita adesiva. Era de se esperar, essa mala é bem velha e já rodou o mundo. Pra ajudar, não tinha carrinho e tive que carregar minhas duas malas sozinha até a saída.
Ainda bem que Viki e seu namorado Csobi foram me buscar. Viktoria atualmente é professora da Universidade e trabalha no mesmo laboratório em que trabalharei. Os dois foram muito amáveis comigo e me mostraram Budapest do carro, que é muito bonita. Espero poder conhecê-la. Me levaram para almoçar no McDonald's ;)
Viki, Csobi e o carro do departamento:
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Chegando em Veszprém, paramos para abastecer e pude tirar esta foto panorâmica da paisagem:
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O dia estava lindo e o termômetro marcava 35°C!!!
Passamos no departamento, recebi minhas chaves, conheci onde será meu cantinho (tenho uma mesinha, gavetas e espaço para por fotos no mural). Tenho até meu nome na porta junto com dos outros alunos!
Depois, fomos para o Hotel Magister, meu lar nos próximos 8 meses. Tenho um quarto e banheiro só para mim, com um frigobar, microondas e pia. Em cada andar tem uma cozinha comunitária e uma lavanderia que se resume a uma máquina de lavar roupas. Com o tempo eu tiro fotos.
Viki e Csobi me levaram em um mercadinho para comprar suprimentos para hoje e amanhã. Comprei pão, manteiga, leite, iogurte e nescafé. Com o tempo eu vejo com vai ser para cozinhar por aqui...
Minha missões de amanhã são:
- Abrir uma conta no banco
- Tirar a carteirinha de residência permanente
- Trocar dinheiro para pagar o alojamento