Domingo é dia de descansar. Então, dormimos até acordar e tomamos café da manhã com calma. Estava passando Fórmula 1 na TV e domingo de manhã com Fórmula 1 na TV tem um gostinho de infância para mim. Os húngaros gostam muito do Felipe Masa e do Barichello. Mal sabem eles que Barichello não é muito querido no Brasil. 
Petra mora em Veszprém e volta para casa somente em alguns fins de semanas. Portanto, domingo também é dia de visitar sua madrinha, que a considera como uma filha. Comemos muffins de banana com nozes fresquinhos! A madrinha de Petra não fala muito bem inglês e eu não falo muito bem húngaro, mas com a ajuda de Petra, conseguimos nos comunicar e batemos um papo muito gostoso.
Petra, sua madrinha e o noivo:
Voltamos para casa e o almoço nos esperava. Em todas as refeições (exceto no café da manhã!), pai de Petra ofereceu Pálinka, a pinga húngara. E ele ficou muito triste uma vez que tentei recusar. Então, um brinde com pálinka de damasco feita em casa:
Petra ficou de fora do brinde, pois iria dirigir de volta para Veszprém.
A mãe de Petra, Moni, fez questão de preparar pratos típicos. Na Hungria quase sempre se come uma sopa de entrada. Aqui, a tradicional húsleves, sopa de carne. Cozinha-se a carne e os vegetais, mas na hora de servir, separa-se tudo. Perguntei por quê e ninguém soube explicar!
O prato principal foi frango recheado com ameixa e arroz com ervilhas. Como salada: picles e beterraba picante.  Estava uma delícia! 
Não teve nem espaço para a sobremesa. Descansamos um pouco e foi hora de dizer adeus:
Adorei o fim de semana na casa de Petra. Seus pais foram super amáveis. O mais legal de tudo é que eles interagiram muito comigo, sem medo de falar inglês e eu, com ajuda de Petra, patiquei meu húngaro capenga. Os olhos do pai de Petra brilhavam de orgulho quando via a filha falando em português comigo =)
Com certeza, vou guardar essa família húngara no meu coração quando voltar para o Brasil!
 
No sábado a tarde fomos para Esztergom, que fica a 10 km de Dorog.
Esztergom é uma pequena cidade no norte da Hungria, com cerca de 30.000 habitantes. Fica na margem direita do Danúbio. Aqui, o rio delimita a fronteira entre Hungria e Eslováquia. Esztergom foi a capital da Hungria do século X ao XIII, e ainda é a sede do primaz da Igreja Católica no país, por isso, a cidade é conhecida como a Roma húngara. A Basílica de Esztergom é a mior igreja da Hungria e a maior atração da cidade. Chegando em Esztergom, já dava para ver a cúpula verde da basílica e o castelo ao lado:
A Basílica fica no topo de um morro e para subir, pegamos um caminho chamado "Macskaút" que significa caminho do gato, por ser um caminho muito estreito:
Subindo pelo Macsaút, a basílica por trás:
O castelo:
A vista do rio Danúbio de cima do morro onde fica a basílica:
Essa ponte à esquerda é a ponte Mária Valéria que liga a Hungria à Eslováquia. A ponte foi originalmente construída em 1895 e foi destruída pelas tropas alemãs em retirada, em 1944. Foi reconstruída em 2001 com apoio da União Européia.
St. István:
Carro de casamento no frente da Basílica:
A basílica é realmente enorme:
Petra me contou que a cúpula antigamente era dourado. Mas por causa da chuva ácida, foi corroendo e hoje é verde:
Dentro da basílica:
Ao lado da basílica, há um castelo, onde hoje funciona um museu:
Um igrejinha no morro em frente:
No lado esquerdo do rio Danúbio é Hungria e no lado direito, Eslováquia. Uma cidade muito bonita =)
Caminhamos por uma ramificação do rio Danúbio:
Um cachorrinho muito engraçadinho:
Passeamos pelo centro de Esztergon, na praça principal:
Infelizmente, a cidade é um pouco descuidada. Petra me contou que o antigo prefeito era muito corrupto e faliu a cidade.
Eszter, uma amiga de infância de Petra nos encontrou, e fomos para a Eslováquia jogar boliche:
Apesar de ser na Eslováquia, por ser muito perto da fronteira, todos falavam húngaro. 
Sapatos de boliche que brilham:
Eszter e Petra:
Eszter tentando jogar:
Eszter não tinha muito jeito com boliche. Petra tentou ensiná-la, sem muito sucesso:
Depois, voltamos para casa e jantamos. Mostrei as fotos do meu casamento para Petra e matei um pouco a saudade vendo as fotos =)
 
Meu tempo na Hungria está acabando, tenho apenas mais duas semanas aqui, por isso tenho que aproveitar, tanto para passear quanto para trabalhar. Passei este fim de semana com Petra. Petra é uma húngara que estuda na Universidade de Veszprém no curso de tradução em francês e inglês. Há três anos, Petra estuda português. Como ela já falava muito bem francês, foi bem mais fácil para ela aprender português e atualmente fala muito bem. Começamos a nos encontrar uma vez por semana, ela me ensinava húngaro e ao mesmo tempo praticava português. Nos demos muito bem e mais do que uma professora, hoje considero Petra uma amiga querida. A cidade natal de Petra é Dorog, onde mora com sua família.
Dorog é um pequena cidade no condado de Komárom-Esztergom, há 38 km a noroeste de Budapeste:
Com cerca de 12.000 habitantes, Dorog é uma cidade calma e tranquila, típico vilarejo húngaro.
Eu e Petra fomos de carro para Dorog na sexta a noite. Estávamos cansadas e foi só o tempo de jantar, conhecer seus pais, tomar pálinka, a pinga húngara. Até abriram um champagne húngaro muito gostoso em minha homenagem =) 
Conversamos uma mistura de inglês, húngaro e português e até que deu certo! 
Comentei que meu doce favorito era Kürtőskalács e no dia seguinte, havia um esperando por mim!
Petra e sua família moram na beira de um lago. Essa é a vista do quarto dela:
E criam várias animais em casa, como ovelha e galinhas:
Passeamos por Dorog. Uma clínica médica bem moderna:
Ruas típicas de cidade pequena:
Conheci o açougue do pai de Petra:
Com a ajuda de Petra pratiquei meu húngaro e conversei com os funcionários do açougue, me apresentei e falei coisas sobre mim:
Petra me levou para passear em um lago muito bonito, estilo Pesque&Pague. Havia várias famílias pescando tranquilamente:
Depois do almoço, comemos panquecas caseiras frescas, aqui na Hungria chamada de palacsinta e só se come com recheio doce:
Nutella ou geléia caseira de damasco. Hmmm:
 
Na minha viagem para Estambul descobri que os animais mais felizes do mundo são os gatos que vivem em Estambul. Lá, há muito gatos na rua e são todos muito bem tratados. As pessoas alimentam, brincam e fazem carinho. Então, a maioria dos gatos de rua são bonitos e sociáveis.
Os cachorros de rua também têm uma vida muito boa. 
Essa semana de trabalho foi muito tranquila e o fim de semana já chegou =) Hoje vou para Esztergom com a Petra e volto domingo!
Bom fim de semana!
 
A primavera chegou. A temperatura está mais agradável, as folhas estão nascendo e as flores estão florescendo =)
Agora a cidade está muito mais colorida e alegre =)
 
Segunda-feira após o domingo de páscoa é feriado na Europa. Aproveitando o dia de folga, fui para Balatonfüred com a Tayo. Tayo chegou na Hungria ao mesmo tempo que eu, porém ainda não conhece quase nada do país. O dia estava ensolarado, porém, não estava muito quente não.
Eu tinha ido para Balatonfüred no outono e no inverno, e a cidade parecia uma cidade fantasma de tão deserta. Todas as lojas e restaurantes fechados. Me surpreendi quando vi a cidade cheia de vida, lojas abertas, restaurantes cheios e pessoas passeando pelas ruas tomando sorvete.
Levei Tayo para conhecer o Lago Balaton:
Sorvetinho:
Depois, caminhamos até o Öreghegy, uma montanha para fazer uma caminhadinha básica:
Subindo a montanha:
Tayo ficando para trás de tão cansada:
Chegamos no topo da montanha onde tem um mirante, mas antes de subir, descansamos um pouco:
Para mim, aqui é onde tem a vista mais bonita do Lago Balaton:
 
Domingo de páscoa! Feriado, dia para descansar depois de uma semana fora de casa. Acordei tarde, tomei café da manhã, saí para uma corridinha (fazia semanas que não corrida!!) e percebi que estava bem frio... Almocei e no fim da tarde me encontrei com Ernő para um café. Ernő é aluno de doutorado na universidade e trabalha com comportamento de aves. Sua família é de Budapeste e normalmente ele volta para casa aos fins de semanas, porém, esse fim de semana ele ficou em Veszprém. 
Por sugestão de Ernő, experimentei um doce típico húngaro, chamado Somlói Galuska. São pedaços de bolo, com calda de chocolate. Uma delícia!
Estávamos na doceria e de repente caiu uma nevasca. Incrível, uma nevasca em plena primavera, com temperaturas acima de zero grau (estava uns 6°C).
A neve durou uns 10 minutos e logo depois, a nuvem foi embora, o céu ficou azul novamente e o sol brilhou =)
De noite, conversei com o Tiago e com o novo membro da nossa família, o Maguila:
Welcome Maguila!!!
 
No meu último dia em Estambul fomos tomar café da manhã na beira do Estreito de Bósforo. Estava um dia lindo com sol gostoso, mas ventando muito. Apesar disso, a vista era linda.
Café da manhã turco no fim de semana: pão branco, ovos, queijo, frios, mel com creme, tomate, pepino, azeitonas e para beber, chá:
Elif (amiga de Pelin), Erdem, Pelin e eu tomando um cházinho após o café da manhã:
Voltamos para casa e Erdem quis testar minhas habilidades e me mandou preparar um café turco. A diferença do café turco é que o café é moído mais fino que o normal e o café é preparado em uma panelinha especial. E tem todo um ritual para preparar, adoçar e colocar nas xícaras.
O primeiro café está perfeito, com espuma. O segundo mais ou menos e o terceiro, está ruim. Com o tempo, eu aprendo.
Pelin e Erdem foram minhas cobaias. Segundo Erdem, meu café estava muito fraco e muito doce.
_ Eu comprei a penelinha e Erdem me deu café turco de presente. No Brasil eu pratico mais e da próxima dez, Erdem e Pelin experimentarão um café turco perfeito!

Erdem me levou ao aeroporto, pegamos um mega trânsito e cheguei no aeroporto faltando apenas 1 hora para o meu voo. Estava com medo de perder o voo, mas deu tudo certo.
Aqui estou eu de volta em uma Hungria chuvosa, triste e fria.
Minha semana em Estambul foi maravilhosa, conheci lugares incríveis e uma cultura totalmente diferente da minha, que só conhecia de livros e televisão. Essa experiência foi tão boa graças ao Erdem, meu irmão turco, e Pelin, sua esposa. Lembrarei esta viagem com muito carinho e Erdem convidou o restante da família para visitá-lo: Tiago, Te, Ro, mãe e pai. Erdem ainda fala muito bem português e precisa praticar mais! Vamos ajudá-lo!
 
Depois da comilança de ontem, Pelin acordou mal, com dor de estômago. Por isso, me aventurei por Estambul sozinha. Erdem me deixou no metrô, fiz baldiação no funicular e depois, tram. Cheguei no centro da cidade:
Atravessei os antigos muros da cidade para ir para a cidade antiga:
Parque Sultanahmet:
Fui visitar o Museu Arqueológico de Estambul para conhecer um pouco da história da região:
O museu é enorme e muito bonito:
Vi artefatos antiguíssimos, alguns datando de 2000 anos antes de cristo.
Também havia um museu sobre a arte de pintura turca em louças e azulejos:
Passei a tarde inteira no museu. Depois, fui para Çemberlitas:
Aqui, há este monumento erguido por Constantino para comemorar a transformação de Constantinopla na capital no Império Romano em 330 a.C.
Depois, para relaxar, fui no Çemberlitas Hamami, um dos banhos turcos mais tradicionais de Estambul:
Este banho turco (Hamam) foi construído em 1584 e atualmente é um local muito turístico, portanto, estava lotado de turistas:
O banho turco é bem diferente do banho húngaro. Os banhos húngaros são piscinas termais para relaxar. Os banhor turcos, tem o intuito de limpar o corpo. São locais como saunas, com uma pedra de mármore ao centro.
Deita-se nesta pedra de mármore e mulheres turcas esfregam um toalha áspera para fazer uma esfoliação pelo corpo todo. Depois fazer uma pequena massagem. Claro que foi muito menos glamuroso do que nesta foto. Imagine várias mulheres semi-nuas deitadas na pedra de mármore, num local mega quente, sendo esfregadas por turcas feias e brutas. Mas valeu a experiência e saí de lá limpinha. A mulher que me esfregou depois me mostrou todo o cascão que saiu de mim.
Voltei para casa de metrô na hora do rush. Arte no metrô:
Erdem me mostrou mais itens da culinária turca. Um tipo de esfiha gigante de carne:
E o que eles chamam de pizza turca:
De noite, Erdem me levou para um passeio pelo Bósforo:
A noite estava muito agradável, com uma lua cheia linda, as pontes iluminadas e temperatura agradável =)
 
Eu, Pelin e Erdem fomos fazer os tradicionais passeios de turistas! Como ontem pegamos muito trânsito, hoje fomos de transporte público: metrô, funicular e tram. O transporte público em Estambul é muito bom, salvo os horários de pico.
Aqui era o hipódromo, onde ocorriam as corridas de cavalo:
Este é um presente dos egípcios aos bizantinos, datado do ano de 390.
A mesquita azul, com 6 minateres. Os minaretes são essas torres altas, que eram constuídos para chamar a população para a reza nos horários de reza. Um tiozinho subia lá em cima e fazia a prece que convoca todos para a prece. Então, quando mais alto o minarete, maior o alcance. Em teoria, cada mesquita precisa de apenas um minarete, mas para ostentar poder e riqueza, o sultão mandou construir 6 minaretes. Atualmente, as preces são transmitidas por alto falante, mas mesmo assim, toda mesquita tem um minarete ao lado:
Entrada a mesquita azul:
Para mim, a mesquita azul me lembra uma nave espacial:
A mesquita azul ainda funciona como uma mesquita e está aberta gratuitamente para visitação. Mas existem regras de visitação: não pode entrar de sapato, nem com a perna de fora, não pode falar alto, nem permanecer na mesquita durante a reza, entre outras regras.
Para se lavar antes da reza:
É preciso tirar os sapatos para entrar, então, o local cheirava um pouco a chulé e carpete molhado:
A mesquita azul é conhecida por esse nome, por causa do azulejos azuis que a revestem:
Vivendo em um país cristão, sei muito pouco sobre o islã e tenho muita curiosidade para saber o que é mito e o que é realidade na religião islâmica. Aqui, Erdem me deu uma lição sobre o islamismo, me explicou a estrutura da mesquita e como funcionava as 5 preces diárias, entre outras coisas:
Nesta área reservada era onde o sultão rezava:
Estava quase na hora da prece. Ao fundo, algumas pessoas já estavam rezando:
Depois, fomos conhecer AyaSofya, originalmente um igreja cristã no século IV, foi transformada em mesquita no Império Otomano:
Tinha muita fila para entrar. Alguns guias se ofereciam na fila, pois se você contratar um guia, pode furar fila. No meio da foto dá para ver um guia de rabinho de cavalo e crachá com o fio amarelo. Ele estava explicando para o casal sobre a história de Ayasofya. Erdem não sabia a história direito e estava ouvindo o guia e me explicando em seguida hahaha 
Atualmente Ayasofya não é mais uma mesquita, mas sim, um museu:
Na hora da prece, todos se voltam para este altar, que indica a direção de Meca:
Se você colocar o dedão aqui dentro e conseguir dar uma volta de 360°, seu desejo será realizado:
Pelin tentando:
Minha vez de tentar:
Consegui! Yey, meu desejo vai se realizar!
Ao transformar Ayasofia em mesquita, começaram a remover os mosaicos da igreja cristã. Porém, o sultão falou para não tirar e apenas cobriu.
Terceiro local que visitamos foi a cisterna, construída no século VI, para armazenar água:
A cisterna é imensa, com várias colunas para sustentar:
Uma coluna curiosa, diferente das demais, que ninguém sabe ao certo porque é assim:
Outra curiosidade é que usaram essas cabeças de medusa na estrutura:
Almoçamos em um restaurante no estilo self-service turco. Comi o que Erdem chamou de feijoada turca, mas que não tem nada a ver. É um feijão branco e come-se com arroz e iogurte:
Quarto ponto turístico de hoje foi o Grand Bazzar. O Grand Bazzar foi o primeiro shopping center do mundo e funciona até hoje vendendo coisas típicas turcas, jóias, tapetes... É um labirinto de lojas:
Olhos turcos para todos os cantos:
Coisas para café turco:
Jóias:
Claro que tinha roupas ching-ling:
A região do Grand Bazzar me lembrou muito a região da 25 de março:
Depois fomos no mercado de especiarias:
Frutas secas:
Doces turcos:
Mel turco:
Mais doces e especiarias turcas:
Depois desta peregrinação turísticas, chegamos em casa acabadas. Olha o estado da Pelin:
De noite, Erdem me levou para comer o verdadeiro kebab turco. 
Isso aqui é só a entrada: pão, berinjela, salada de tomate, salada verde, queijo turco, iogurte com nozes e bolinho de carne crua:
Além de esfihas turcas:
Kebab! Na Europa, kebab é que conhecemos no Brasil como churasquinho grego. Aquela carne no espeto, que corta-se e faz um sanduba. Mas aqui na Turquia, kebab é um nome genérico para churrasco, então, pode ser de vários tipos, costelinha, espetinho, cordeiro com cebola:
Mãe do Erdem e Pelin:
Eu e Erdem:
Hora da sobremesa:
Um doce que parecia um fio de ovos frito, recheado com queijo. Come-se com pistache moído, nozes, sorvete ou nata:
Tudo muuuuuuito gostoso!!!
Depois de andar muito durante o dia e comer muito durante a noite, capotei na cama!